terça-feira, 27 de abril de 2010

Quem sou eu para ficar triste?

Offer - Alanis Morissette




Há muitos que enfrentam provas e espiações maiores do que qualquer ser humano relativamente normal aguentaria.
Cabe a nós, na medida de nossas possibilidades e desejos, auxiliá-los e lutar para minimizar suas dores.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Lula no Canal Livre

No último dia 05 de abril o Presidente Lula esteve no Canal Livre da Rede Bandeirantes. Pra quem conhece o político desde 1989 como eu, vê-lo falando atualmente é algo que mostra uma evolução política. Tá bem que podemos dizer que ele rasgou seus discurssos e mudou muitas opiniões. Mas também não podemos negar que os últimos anos da Administração Lula demonstram que o Brasil tem jeito. 
Expansão das Universidades Federais (quase privatizáveis no governo FHC).
Valorização da Indústria Naval (aqui em Rio Grande isso faz toda diferença).
Geração de Emprego.
Transferência de Renda (a forma tem que ser melhorada).
Crescimento do País como Importante no Âmbito Internacional.
Investimentos em Infra-Estrutura (BR 101 e o anúncio da duplicação da 116 - Pelotas/PoA, além da duplicação da 392 - Pelotas/Rio Grande).
Etc.

Bueno, se acham que estou fazendo campanha para a continuidade do governo atual. Acertaram. Por um fato bem simples - 8 anos de governo FHC e 8 anos de governo Lula.

Para um pouco de diversão e conhecimento vejam o vídeo abaixo e, se tiverem tempo assistam o Canal Livre no link no fim deste post.


Link para o Canal Livre da Band 

Ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela...

Então, Zeca Baleiro tem razão... quando estamos, por algum motivo, fragilizados, até beijo de novela nos faz chorar.
Bem que eu gostaria que fosse um melodrama tipo mexicano. Mas o que me fez chorar outro dia foi a triste situação dos moradores fluminenses. A dor, a perda, o desespero e a tristeza daqueles irmãos me trouxe uma consternação muito grande.
Mas, pensando melhor, agora com o distanciamento do ocorrido, tem algo muito legal que ocorreu naquele momento e continua ocorrendo. Não me interpretem mal. Continuo solidário a tragédia de nossos compatriotas.
Contudo, o que vi em algumas reportagens me deram uma renovação de esperanças quanto a raça humana. Um exemplo. Um homem, 40 anos no máximo, perdeu familiares, amigos, visinhos. Chorou sua perda e foi ao trabalho. Pés descalços, roupas molhadas da chuva, enxada na mão e a frase que resumia tudo: "não vou ficar chorando pelos meus mortos, vou trabalhar pelos vivos, ajudar no que puder" - a frase era mais ou menos essa, ou pelo menos a essência dela.
Este não foi o único exemplo. Trabalhadores que "abandonaram" o emprego para compartilhar a dor e o trabalho de resgate e recuperação dos danos. Cosinhas simples transformadas em quartéis-generais culinários onde preparavam-se quantias enormes de comida para alimentar bombeiros e voluntários. Bombeiros, policiais, médicos, enfermeiros, etc. que trabalhavam durante 24 horas consecutivas e, mesmo sem parentes, amigos, visinhos soterrados sofriam tanto quanto os atingidos.
Prestemos atenção em algumas coisas: primeiro, esse início de 2010 está sendo catastrófico em várias partes do mundo e, em especial no Brasil; segundo, tais catástrofes servem para despertar o que há de melhor no ser humano: solidariedade, caridade, auxílio descompromissado, etc.; terceiro, é tempo de dirigentes governamentais tomarem atitudes corajosas no sentido de prevenir tais desgraças.
Mas enfim, parece que o ser humano tem jeito ainda.

E o ser humano é MUITO capaz de produzir boas obras

 

Do que somos capazes pelo prazer de morar bem

Ontem realizamos uma saída de campo com os alunos do Bacharelado em História da UFPel para conhecer a Charqueada São João (a da Casa das 7 Mulheres da Globo) e parte do Arroio Pelotas.
Foi uma boa experiência. A casa está bem conservada e abriga um bom acervo. A visita guiada é boa e o ambiente é bem tranquilo, em que pese sua proximidade com o centro de Pelotas.
Quanto ao Arroio, bueno, sem querer ser chato, mas provavelmente sendo, o que vê-se é mesmo triste. Os barrancos estão assoreando. Duas grandes empresas estão a margem das águas e dizer que não poluem o ambiente é ser muito ingênuo. 
Mas o passeio é bem bonito. Não é por nada que o Arroio transformou-se em Patrimônio do Estado.
Agora, o que a conhecida Marina Ilha Verde está fazendo com o Arroio é incrível. No mínimo. A "intervenção" no local cria desvios no curso e marinas particulares para os "felizes" proprietários de imóveis no local.
Vale a pena conferir. É um belo exemplo de ação predatória do homem na natureza. Parabéns senhores!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Exemplo de incivilidade

Outro dia o jornal de maior circulação da cidade fez uma reportagem de caráter duvidoso sobre supostas ameaças a calouros dos cursos de História da UFPel. Usaram como fonte fragmentos do orkut e pronto, afirmaram que os veteranos da História queriam "ver sangue". Tudo desmentido, inclusive com a publicação de uma nota de esclarecimento por parte do Centro Acadêmico da História e do Moderador da página de relacionamento.
Pois bem, nem bem o assunto começou a esfriar (quase um mês se passou) e de lá até hoje encontro quase que diáriamente um pós-adolescente fedendo a uma mistura de ovo, vinagre, farinha e sabe lá Deus o que mais suplicando por moedinhas para sabemos bem qual fim (uma bebedeira homérica). Não vai aqui nenhum moralismo, eu também já tomei e, provavelmente ainda tomarei vários porres.
Num desses dias um menino me pede, num cemáfaro uns trocados. Digo para ele apenas que para aquele fim não, pois julgo que esse tipo de trote não é civilizado. Ponto. O que veio depois deu-me até pena: um casal em uma moto começou a bradar algo do tipo: "vai doar sangue", ao que o menino tentou explicar que já haviam feito e, mais, que as moedas eram para serem entregues a uma instituição de caridade. Sei!
Ao motoqueiro e sua carona solidarizaram-se outros motoristas que colocaram o pobre menino numa situação difícil de sustentar. Graças a Deus (ou ao sistema de trânsito) o sinal abriu e fomos embora. Mas certamente o menino deve ter ficado chateado.
Sei que alguns ainda acham legal essa coisa de sujar calouros e fazê-los mendigar por moedas que pagarão a bebedeira dos veteranos. Contudo, a meu ver, não é mais admissível esse tipo de atitude, esse nível de maus tratos. Se querem fazer um trote aí vão algumas sugestões: doem sangue; arrecadem alimentos e distribuam a quem necessita; passem uma tarde na Casa do Carinho brincando com as crianças; disponham de um tempo ouvindo os idosos que estão em asilos; vão a uma escola pública que precisa de um mutirão de limpeza; etc.
Querendo fazer o bem, sempre acharão uma maneira bastante civilizada.
É isso...

Faroeste do século XXI ou mais do mesmo.

Há algumas semanas assisti ao filme AVATAR...
Não sei se estou muito exigente ou se estou vendo de forma mais crítica esse desenho animado do século XXI...
Pronto, já destilei o primeiro veneno...
Mas, cá pra nós, Avatar é um faroeste do século XXI, uma reedição das lutas de neocolonialismo (conquista dá África, Legião Estrangeira, etc.)...
O diferencial está em que, com o nível politicamente correto de hoje, não é mais possível exterminar os índios e conquistar o oeste para o bem da civilização branca...
Mas vejamos: aqueles que vivem de forma integrada com a natureza não possuem o domínio da tecnologia (ainda lutam com instrumentos rudimentares); a civilização branca domina um nível tecnológico muito superior ao atual; mas no que diz respeito à questões do tipo morais, dessa vez o diretor e os roteiristas da película preferiram dar aos "brancos" uma cara de homens maus e aos "peles azuis" a delegação de características ditas civilizadas...
Enfim, não tem muito de novo no roteiro desse filme, em que pese a qualidade dos efeitos especiais, o que, para alguns desqualificam a interpretação e a essência do cinema...
Mas ok, vale a pena ver pelos efeitos e porque alguém consegue vencer, mesmo que na ficção, a empáfia estadunidense.