terça-feira, 17 de agosto de 2010

Avante! Óh vítimas da fome (de conhecimento)!

Não, não estou a escrever sobre futebol e a possível conquista COLORADA na quarta!

Mas estou sim preconizando o ataque como a melhor forma de ganhar...

Tá, já explico. Outro dia o amigo Álvaro me repassou uma carta de uma professora a revista não-veja (sim, em letras minúsculas mesmo). De antemão aviso que não verifiquei a autenticidade da mesma. Não sei se existe a professora, se ela mandou mesmo aquele texto, etc. Isso realmente não importa. O que importa é uma idéia (ou ideia) que sobressaltou-se naquele e-mail. Está na hora de atacar!

É o seguinte, nos últimos anos os setores preferencialmente à direita da sociedade (leia-se os mais ricos e conservadores) descobriram o verdadeiro problema da Nação: o Professor!

Isso mesmo, é o professor (para eles sempre com letras minúsculas) e não a educação. Nem mesmo o sistema de ensino que, como sabemos, é diferente do conceito de educação. Este se adquire em casa, no convívio social, no exemplo e diálogo com os mais experiente. Aquele tem por maior objetivo aparelhar crianças e jovens para o convívio profissional, cultural, econômico e, também, social. Concluindo esse parágrafo, não é na escola que se aprende a pedir licença e agradecer – lá apenas exercitam-se e aprimoram-se esses e tantos outros ensinamentos advindos do lar.

Mas o que me motiva a escrever aqui é que, nós que trabalhamos com educação, precisamos parar de nos defender. Mandemos às favas economistas, empresários, políticos, jornalistas, advogados, médicos, videntes, o papagaio da vizinha e todos aqueles que não entram e nunca entrarão numa sala de aula dos dias atuais, mas sentem-se muito a vontade para dar receitas, mostrar o que está errado e dizer que o professor tem que parar de reclamar de salários e excessiva carga horária e começar a exercer sua “vocação” bem! ÀS FAVAS SENHORES! Com todo o respeito, é claro.

Passemos, Professores, Servidores de Escolas, Profissionais realmente envolvidos com o sistema de formação de professores e de ensino, a repudiar e negar a legitimidade desses mal-intencionados que vêem a possibilidade de deleitar-se com o som da própria voz, ou as manchas da própria ignorância no papel, atacando os profissionais do ensino.

Nós que trabalhamos com e para a Educação, sabemos muito bem que o problema da sala de aula atual está em casa e na sociedade que não valoriza o conhecimento, que ridiculariza o ensino e que, omissa, culpa os profissionais errados pela própria frustração.

Veremos todos, nas próximas décadas, gerações de revoltados contra a escola. Mas dentre essas gerações, alguns poucos dar-se-ão conta de que de podem ficar revoltados, essa revolta deve voltar-se ao próprio pai e a própria mãe, que não os amparou e OBRIGOU a estudar. Ou então, revoltar-se-ão contra políticos, economistas, advogados, empresários, etc. que enganaram a sociedade com a idéia de que a culpa era dos professores.

Logo, se posso aconselhar alguém sobre o que fazer em relação aos tecnocratas plantonistas da ignorância. AO ATAQUE! Quando um energúmeno desses começar a falar de educação, desconstruamos seu discurso mostrando que a sala de aula não é o chão da fábrica, não é a planilha eletrônica, muito menos o palanque da fala fácil e desprovida de compromisso.
É isso!

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PS.: Em tempo. O título é uma estrofe do Hino À Internacional Socialista.

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