segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sobre Bullyng

Muito vem sendo falado sobre essa prática quase "milenar" que envolve crianças e adolescentes em ambiente escolar. O que começa com um apelido, risos pelas costas, dedos apontados, etc. teve, há algumas semanas, o "ápice" de seu desenvolvimento: um jovem de 14 anos matou com um tiro um outro de 15.
Agora nos assustamos!
E se fosse nosso filho? Mas não apenas a vítima. Se o nosso filho fosse o assassino?
Bueno, vejamos algumas questões. Primeiro, esse nível de relações interpessoais que hoje tem um nome inglês ocorre na vida escolar há muito tempo: ou vai me dizer que nunca fostes apelidado ou apelidastes alguém? Alguns de nós até brigamos na escola e isso não nos matou.
Além da constatação anterior, não podemos negar as transformações que fizeram a geração anos 80 (em sala de aula) parecer ingênua. Um nível assombroso de informações. Uma liberdade extrema para fazer quase tudo em ambiente escolar (e fora também). Uma geração de pais muito ocupados em dar atenção a seus filhos. Etc.
Não obstante tudo isso, as soluções também mudaram. A escola não pode mais suspender o aluno (este tem o direito de estar em ambiente escolar).
A escola deve ser bombardeada pela ONU se pensar em expulsar um aluno. Ah, mas tem o professor, esse sim vai dar um jeito!
Pode, mas com mínimas condições (coisa pouca, bobagem). 1. Nunca, mas nunca mesmo, fazer ameaças aos alunos. 2. Fazer de tudo (até questão de múltipla escolha com cabeçalho e letra "a" como opção "múltipla") para que os aprendizes alcancem o objetivo maior (a aprovação). 3. Se, em caso de ameaça a integridade física de um colega de aula, o aluno necessitar ser convidado a sair da sala, fazê-lo de forma a não constrangê-lo (e nem pensar em autorizar o professor a retirar um aluno que o esteja ameaçando). 4. Em hipótese alguma cometer suicídio em pleno ambiente escolar.
Mas a culpa é da escola, não tenhamos dúvida, é da escola!
Os pobres pais "não sabem mais o que fazer com seus filhos!". A escola tem que ajeitar as coisas.
Falta é LAR. E agora, para quem ainda não entendeu, começo a falar sério. Falta pai e mãe presentes e educadores. Não é na escola que se aprende a pedir licença, dizer obrigado, por favor, desculpa!
Podemos continuar jogando para os educandários as responsabilidades. Mas não teremos o direito de sermos hipócritas a ponto de nos chocarmos com cotidianos de violência extrema nesses ambientes. A criança (e o adolescente) repete na sociedade o que têm (ou não têm) em casa! Ponto.

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